Santa Catarina vive um cenário de alerta com o avanço da Influenza neste outono. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), os casos graves e óbitos relacionados à gripe cresceram de forma expressiva, principalmente entre idosos, crianças e pessoas com comorbidades.
Entre janeiro e maio de 2025, o estado contabilizou mais de 1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza — um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2024, que teve 879 registros. O número de mortes também preocupa: foram 126 este ano, quase o dobro dos 66 óbitos registrados no ano passado.
Os idosos, com mais de 60 anos, representam 46,8% dos casos graves de gripe. Em seguida, estão as crianças de até 4 anos, com 20,8%. A maioria dos óbitos ocorreu entre pessoas com mais de 50 anos (110 mortes).
Vacinação abaixo do ideal
A SES aponta a baixa cobertura vacinal como um dos principais fatores para o avanço da doença. Até agora, apenas 42,6% do público-alvo foi imunizado, índice considerado insuficiente para conter a circulação do vírus.
“Reforçamos a importância da vacinação contra a Influenza, bem como das medidas não farmacológicas de prevenção. O diagnóstico precoce e o tratamento têm o objetivo de reduzir a transmissão da doença e apoiar as ações assistenciais, diminuindo a pressão nas unidades de saúde”, alerta Fábio Gaudenzi, superintendente de Vigilância em Saúde.
A vacina está disponível gratuitamente para toda a população, com ênfase em grupos mais vulneráveis, como crianças menores de 5 anos e pessoas acima de 60. A imunização é a principal forma de evitar casos graves e mortes.
Outras medidas de prevenção recomendadas:
- Manter ambientes ventilados;
- Usar máscara ao apresentar sintomas respiratórios;
- Evitar contato com pessoas gripadas;
- Higienizar as mãos com frequência;
- Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar;
- Evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos sujas;
- Desinfetar superfícies e objetos de uso constante;
- Não compartilhar objetos pessoais como copos e talheres.
A SES reforça que o combate à gripe é uma responsabilidade coletiva e que a prevenção é fundamental para preservar vidas.