Derrota para Lula: Alexandre de Moraes suspende atos do Congresso e do Governo Federal sobre o IOF

O governo Lula sofreu um revés significativo na tentativa de aumentar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), medida que fazia parte do esforço para cumprir a meta fiscal de 2025. Após a derrubada do decreto presidencial pelo Congresso, o Planalto agora tenta recompor pontes com o Legislativo, que demonstrou força e articulação ao impedir a medida.

Diante da pressão, o presidente Lula deve se reunir entre terça e quarta-feira com o presidente da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, em uma tentativa de costurar um novo acordo. Nos bastidores, Motta tem condicionado a possibilidade de diálogo à aceitação, por parte do governo, de cortes em emendas e desonerações — mas sem aumentar o IOF.

O episódio escancarou a fragilidade do governo no Congresso e aumentou a tensão entre os Poderes. A derrota no caso do IOF levou o Executivo a recorrer ao STF, que agendou uma audiência de conciliação entre Executivo e Legislativo para o dia 15 de julho, sob condução do ministro Alexandre de Moraes.

Aliados de Lula agora veem como alternativa o uso político da desistência do aumento do IOF como moeda de troca: o governo espera obter apoio do Congresso para aprovar a medida provisória que isenta do imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil por mês, além de medidas de maior taxação para os super-ricos.

Apesar disso, o saldo do embate é claro: o Congresso saiu fortalecido ao barrar um decreto presidencial e mostrar que tem protagonismo na agenda econômica. Já o governo Lula, acuado pela reação do Legislativo, tenta agora evitar novos desgastes enquanto corre contra o tempo para manter suas metas fiscais.

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