Reconhecido por sua liderança em governança ambiental, o deputado Mário Motta (PSD) será homenageado no próximo dia 21 de outubro, em São Paulo, com o Prêmio ESG Summit Brazil na categoria Governança. A premiação, que é uma das mais importantes do país no campo da sustentabilidade, destacou o Plano Mendoza — iniciativa inscrita pelo gabinete do parlamentar — como um dos projetos mais inovadores da edição de 2025, que reuniu mais de 200 cases de todo o Brasil.

Inspirado na cidade argentina de Mendoza, conhecida como a “Cidade das Árvores”, o plano visa promover a arborização urbana e criar rotas verdes que integrem natureza e urbanidade nos municípios de Santa Catarina. A cidade de Guatambu, no Oeste catarinense, foi a primeira a implementar o plano, tornando-se referência para outras localidades do estado.

“Esse prêmio reforça nosso compromisso com o futuro. Queremos levar o Plano Mendoza para o maior número possível de cidades catarinenses, como uma resposta urgente ao crescimento urbano desordenado e às mudanças climáticas. É um projeto que planta pertencimento, cidadania e qualidade de vida”, afirma o deputado.

Arborização como resposta estratégica

Segundo dados do IBGE, apenas 41% das vias urbanas de Santa Catarina são arborizadas, número abaixo da média nacional. O Plano Mendoza surge como uma alternativa estratégica para enfrentar esse déficit. Ele prevê a criação de comitês interinstitucionais, apoio técnico para elaboração dos Planos Municipais de Arborização Urbana, e incentiva parcerias entre prefeituras, comunidade e especialistas.

Mais do que estética, a proposta busca mitigar impactos ambientais, melhorar o microclima urbano, prevenir enchentes e valorizar a paisagem das cidades.

Guatambu: exemplo prático do plano

A experiência de Guatambu mostra o potencial transformador do Plano Mendoza. O município deu início ao Parque Linear Lajeado Tigre, um projeto urbanístico que revitaliza a Avenida João Batista Dal Piva e cria um corredor verde multifuncional. A proposta, elaborada pelo Departamento de Engenharia local, está dividida em três áreas principais:

• Área 01 – Portal de Entrada/Aqueduto: revitalização da entrada da cidade com arborização, sinalização e um portal temático que convida à sustentabilidade.
• Área 02 – Frente do Ginásio Municipal: implantação de ciclovias, calçadas acessíveis, espaços de convivência e descanso, promovendo mobilidade ativa e integração social.
• Área 03 – Revitalização da Avenida: melhorias em drenagem, alargamento de pista, criação de floreiras, sinalização e paisagismo urbano. A via se transforma em um espaço mais seguro, funcional e agradável.

O parque também contará com um viveiro horto-florestal e áreas de lazer, respeitando a Área de Preservação Permanente (APP) do Lajeado Tigre.

“Os impactos serão significativos. Socialmente, aumenta a segurança e a qualidade de vida. Economicamente, valoriza os imóveis, estimula o comércio e pode atrair turismo sustentável”, destaca Motta.

Expansão pelo estado

O Plano Mendoza já desperta o interesse de outros municípios. Campo Erê, também no Oeste, avança com um projeto de plantio de árvores e educação ambiental. Em Trombudo Central, no Alto Vale do Itajaí — região marcada por recorrentes enchentes — está sendo articulada a criação de um Parque Esponja, inspirado na tecnologia do arquiteto chinês Kongjian Yu. A área verde é projetada para absorver e liberar a água da chuva de forma inteligente, evitando alagamentos e melhorando a gestão hídrica.

No Sul do estado, Criciúma, reconhecida como a “Capital Catarinense dos Parques Urbanos”, também recebeu a proposta. O município já se destaca por transformar antigas áreas degradadas pela mineração de carvão em grandes espaços públicos e deve ser um dos próximos a aderir formalmente ao plano.

“Nossa meta é mobilizar prefeitos e lideranças em torno de um desenvolvimento urbano que respeite o meio ambiente. O Plano Mendoza é uma ferramenta para isso. Temos que pensar no futuro das cidades e nas próximas gerações. É disso que trata o Prêmio ESG Summit: construir um planeta mais sustentável, justo e seguro”, finaliza Mário Motta.