Dengue e chikungunya seguem em alta em SC, com mais de 45 mil focos do Aedes aegypti registrados em 2025

Mesmo com a chegada do outono, Santa Catarina segue em alerta com os números da dengue e da chikungunya. Segundo o Informe Epidemiológico nº 11/2025, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), já são 45.623 focos do mosquito Aedes aegypti identificados em 258 municípios. O levantamento considera dados até o dia 2 de junho.

Ao todo, o estado já contabiliza 91.265 notificações de dengue, sendo 27.297 casos considerados prováveis. Foram confirmadas 10 mortes pela doença, enquanto outros cinco óbitos seguem sob investigação. Dos 295 municípios catarinenses, 181 são classificados como infestados pelo mosquito transmissor.

Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Fábio Gaudenzi, os números chamam a atenção mesmo com as temperaturas mais amenas. “No outono, os casos de dengue em Santa Catarina continuam a preocupar. A redução da temperatura não está sendo suficiente para frear a reprodução do mosquito”, afirma.

Com a nova edição do boletim, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) passa a divulgar o informe de forma mensal, reunindo dados também sobre chikungunya e Zika.

Casos de chikungunya aumentam mais de 600%

Outro dado que preocupa é o avanço da chikungunya no estado. Foram 2.257 notificações da doença, com 838 casos prováveis e 624 confirmações. Em comparação com o mesmo período de 2024, quando havia 118 casos prováveis, o aumento é de 610,2%. A chikungunya já provocou quatro mortes confirmadas em 2025.

A doença, também transmitida pelo Aedes aegypti, causa febre alta, dor intensa nas articulações, cansaço extremo e, em casos mais graves, pode levar à internação e até ao óbito, especialmente em idosos ou pessoas com comorbidades.

Medidas preventivas continuam fundamentais

Diante do avanço das arboviroses, a SES reforça que a colaboração da população é indispensável no combate ao mosquito transmissor. Entre as orientações estão:

  • Eliminar recipientes que acumulem água, como pneus, garrafas, copos e tampas;
  • Manter piscinas tratadas ou, se não utilizadas, esvaziá-las completamente;
  • Lavar vasilhas de animais de estimação com sabão pelo menos uma vez por semana;
  • Evitar o acúmulo de lixo e entulhos nos quintais e terrenos baldios;
  • Usar areia nos pratinhos de plantas e eliminar água acumulada nas folhas.

A Secretaria da Saúde alerta que pequenas ações semanais podem evitar grandes surtos e salvar vidas. A orientação é que a população se mantenha atenta e atue de forma constante para eliminar focos do mosquito.

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