O Governo de Santa Catarina apresentou neste sábado (21) os detalhes da operação emergencial montada para atender ao grave acidente com balão ocorrido em Praia Grande, no Sul do estado, que resultou na morte de oito pessoas. Em coletiva na Secretaria de Estado da Segurança Pública, autoridades estaduais divulgaram as primeiras informações da investigação e as ações de suporte às vítimas e seus familiares.
Estiveram presentes o governador em exercício, Francisco de Oliveira Neto, o secretário de Segurança Pública, coronel Flávio Graff, o secretário da Saúde, Diogo Demarchi Silva, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Emerson Fernandes, o delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, o perito-geral adjunto da Polícia Científica, Douglas Balen, e o comandante regional do Corpo de Bombeiros Militar, tenente-coronel Zevir Anibal.
Segundo informações preliminares, o balão apresentou falha ainda em voo, pouco após a decolagem. O piloto tentou uma descida de emergência e conseguiu se aproximar do solo. Nesse momento, 13 ocupantes, incluindo ele próprio, conseguiram saltar do cesto. Com a repentina perda de peso, o balão subiu de forma descontrolada, levando as oito vítimas fatais que não conseguiram desembarcar a tempo.
A resposta do governo foi imediata. “É um momento de dor e solidariedade com as famílias. Desde o início, em contato com o governador Jorginho Mello, mobilizamos todas as estruturas do Estado para dar a resposta necessária a essa tragédia”, afirmou o governador em exercício, que também decretou luto oficial de três dias em Santa Catarina.
O secretário Flávio Graff ressaltou a atuação coordenada das equipes de segurança e saúde. “Trabalhamos em total integração com Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Científica e Secretaria da Saúde, o que permitiu uma resposta rápida e eficaz”, explicou.
Logo após o chamado de emergência, duas aeronaves e seis viaturas do Corpo de Bombeiros Militar, Samu e Polícia Militar chegaram ao local para prestar os primeiros atendimentos. Cinco sobreviventes foram encaminhados ao Hospital de Praia Grande. Apesar de leitos especializados em queimaduras terem sido preparados em hospitais de Joinville e Lages, apenas dois pacientes precisaram de internação por queimaduras graves.
A Polícia Civil conduz a investigação com base em uma principal linha: um incêndio teria começado no cesto do balão, possivelmente provocado por um maçarico improvisado, que não fazia parte da estrutura original da aeronave. Essa hipótese foi levantada com base nos depoimentos colhidos até o momento.
Para apoiar a apuração, a Polícia Científica utilizou tecnologia de ponta e realizou um mapeamento tridimensional da área do acidente. “Esse mapeamento 3D vai permitir uma análise forense detalhada”, explicou o perito-geral adjunto Douglas Balen. A prioridade no momento é a identificação formal das vítimas.