Governo de SC propõe criação de cadastro estadual de pessoas em situação de rua

O Governo de Santa Catarina encaminhou nesta quarta-feira (2) à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei que institui o Cadastro Estadual de Pessoas em Situação de Rua. A proposta faz parte do Programa “Além das Ruas” e tem como objetivo organizar e ampliar o atendimento à população em situação de vulnerabilidade, por meio de ações integradas entre diferentes órgãos e municípios.

O cadastro será a base para a construção de planos individuais de atendimento, com o envolvimento das secretarias estaduais de Assistência Social, Saúde, Segurança Pública e das prefeituras. A iniciativa já havia sido apresentada em junho, em reunião com representantes do Tribunal de Justiça, Ministério Público, Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa e Federação Catarinense de Municípios (Fecam).

“Santa Catarina é um estado de oportunidades e queremos que as pessoas em situação de rua tenham acesso a todas elas. O primeiro passo é conhecê-las, para depois traçar um plano individual de atendimento e um protocolo único entre as secretarias envolvidas”, afirmou a secretária estadual de Assistência Social, Mulher e Família, Adeliana Dal Pont.

Atendimento unificado e tecnológico

O sistema contará com um aplicativo com reconhecimento facial e banco de dados compartilhado entre os profissionais envolvidos. O cadastro será feito a partir da escuta inicial e permitirá acompanhar o histórico da pessoa, independentemente da cidade onde ela estiver.

Após o cadastramento, serão feitos encaminhamentos específicos, que podem incluir:

  • Reintegração familiar
  • Internações terapêuticas
  • Ações de inclusão produtiva
  • Apoio à autonomia econômica e reinserção social

Apoio aos municípios

O projeto prevê aporte financeiro do Estado para as prefeituras que aderirem ao programa, com foco em:

  • Fortalecimento das equipes municipais de atendimento
  • Internações em clínicas e comunidades terapêuticas
  • Capacitação dos profissionais
  • Adaptação das ações conforme o porte do município

“Esse protocolo respeita as realidades locais e estrutura o atendimento de forma contínua e coordenada”, concluiu Adeliana.

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