Santa Catarina deu mais um passo rumo à consolidação de sua posição de destaque no agronegócio mundial. A comitiva liderada pelo governador Jorginho Mello concluiu nesta semana a Missão Oficial à Ásia, com agendas estratégicas no Japão e na China voltadas à ampliação de mercados e ao fortalecimento das relações comerciais internacionais.
A missão contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, e da presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Celles Regina de Matos. Ao longo da viagem, a delegação apresentou os diferenciais catarinenses em sanidade animal e vegetal, além da excelência do sistema produtivo, que fazem do estado uma referência nacional e internacional em defesa sanitária.
Abertura de mercados e reforço de laços internacionais
No Japão, um dos principais objetivos foi pleitear a abertura do mercado para a carne bovina catarinense. O governo estadual destacou o rigor técnico e sanitário adotado no estado e reforçou a parceria histórica com a Província de Aomori — cooperação que já ultrapassa quatro décadas, especialmente no cultivo de maçãs.
Ainda em solo japonês, foi assinada uma carta de intenções voltada à ampliação das exportações de grãos e ao desenvolvimento de infraestrutura logística para facilitar o escoamento da produção catarinense.
Na China, a comitiva reforçou o pedido de retomada das exportações de carne de frango do estado, suspensas temporariamente após a detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no Rio Grande do Sul — foco já declarado erradicado pelas autoridades sanitárias. A agenda incluiu também visitas técnicas, reuniões com lideranças locais e uma passagem pelo escritório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Sanidade como diferencial competitivo
Durante os encontros, Santa Catarina destacou o diferencial que garante sua posição privilegiada nos mercados internacionais: a sanidade. O estado é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação desde 2007 — o primeiro do país a obter esse status. Também possui o título de Zona Livre de Peste Suína Clássica (PSC) desde 2015 e mantém a menor prevalência nacional de Brucelose e Tuberculose bovina.
Outro ponto de destaque é a rastreabilidade: Santa Catarina é o único estado brasileiro que realiza identificação individual de todos os bovinos e bubalinos. Na produção avícola, também se mantém livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade na produção comercial.
Olhar para o futuro
“A missão reforça o papel estratégico de Santa Catarina nas cadeias globais de valor, levando ao mundo produtos com rastreabilidade, qualidade e respeito aos protocolos mais exigentes. Estamos mostrando que o agronegócio catarinense está pronto para crescer ainda mais, de forma segura e sustentável”, destacou o secretário Carlos Chiodini.
Para a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, os encontros também serviram para consolidar a imagem de Santa Catarina como um estado que alia ciência, tecnologia e disciplina na defesa agropecuária. “Esses fatores abrem portas e nos colocam na linha de frente das negociações com os mercados mais exigentes do mundo”, concluiu.