A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) informou nesta segunda-feira (24) que o proprietário da empresa responsável pelo balão que caiu em Praia Grande, no Extremo-Sul do estado, foi ouvido como parte da investigação sobre a tragédia que deixou oito mortos e 13 feridos no último sábado (21).
Além do depoimento, a PCSC também realizou uma visita técnica às instalações da empresa, onde acompanhou uma demonstração prática do funcionamento do equipamento. A medida tem como objetivo compreender com mais precisão a dinâmica de operação dos balões e auxiliar na reconstituição do acidente.
Segundo o órgão, foram expedidos ofícios tanto à empresa quanto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), solicitando informações técnicas, operacionais e regulatórias. A intenção é reunir todos os dados necessários para esclarecer as circunstâncias do acidente.
Os depoimentos de testemunhas já estão sendo agendados e as oitivas devem ocorrer nos próximos dias, conforme confirmou a corporação.
Investigação segue em andamento
No momento do acidente, 21 pessoas estavam a bordo, incluindo o piloto. Conforme o delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, três das vítimas fatais foram encontradas abraçadas. A Secretaria de Comunicação do Estado também confirmou que quatro corpos estavam carbonizados, e os trabalhos de identificação seguem sob responsabilidade da perícia oficial.
A tragédia continua gerando comoção no estado e levanta questionamentos sobre a regulamentação da atividade de balonismo no Brasil. A empresa responsável pelo voo tem um prazo de 10 dias para apresentar esclarecimentos formais às autoridades.