Santa Catarina registrou a melhor distribuição de renda do Brasil, segundo a Síntese de Indicadores Sociais divulgada pelo IBGE na última quarta-feira (3). O estado obteve o melhor resultado entre as 27 unidades da federação no Índice de Gini, que mede a desigualdade no rendimento domiciliar per capita. Quanto mais próximo de zero é o índice, menor é a desigualdade — e Santa Catarina alcançou 0,430 em 2024, o menor do país.
O segundo lugar ficou empatado entre Rondônia e Mato Grosso, ambos com 0,442. Já a média nacional foi de 0,504.
O governador Jorginho Mello atribuiu o desempenho ao investimento equilibrado em todas as regiões catarinenses: “Nosso governo olha com carinho para cada região. Todas precisam se desenvolver e oferecer oportunidades às pessoas. Não existe isso de litoral melhor porque tem praia. Nossos programas chegam a todos os lugares, seja com o Estrada Boa, com mais serviços de saúde no interior, crédito ao pequeno empreendedor ou incentivo à instalação de indústrias longe da Capital. Assim fortalecemos a economia local, gerando emprego e renda”, afirmou.
O Índice de Gini compara a distribuição de renda observada com uma situação de igualdade perfeita. Ele varia de 0 a 1, sendo que valores mais altos indicam maior concentração de renda.
Para o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck, o resultado reflete características históricas do estado: “Santa Catarina tem tradição na pequena e média propriedade rural e industrial, com polos econômicos descentralizados e um cooperativismo forte. Isso favorece uma distribuição de renda mais equilibrada. É um cenário muito positivo, pois amplia o poder de compra do catarinense e impulsiona toda a economia”, destacou.
Outros indicadores sociais positivos
Além da menor desigualdade de renda do país, Santa Catarina também lidera em outros indicadores do IBGE: tem as menores taxas de pobreza, de extrema pobreza e de desemprego — apenas 2,3%. O estado ainda apresenta rendimento per capita acima da média brasileira e é o que menos depende do programa Bolsa Família.
“Os números mostram que Santa Catarina é um exemplo nacional. Trabalho, inovação e o apoio do Governo do Estado criam uma sociedade próspera, cheia de oportunidades. Não é por acaso que o estado está entre os mais procurados para viver e trabalhar”, reforçou Dreveck.
Índice Palma confirma menor desigualdade em SC
O Índice Palma, divulgado junto com a Síntese de Indicadores Sociais, também coloca Santa Catarina como o estado com a menor desigualdade. O indicador compara a renda dos 10% mais ricos com a dos 40% mais pobres.
Em 2024, o estado registrou Palma de 2,17 — novamente o menor do país. A média nacional foi de 3,31. Rondônia (2,32) e Mato Grosso (2,34) aparecem logo na sequência. Já as maiores desigualdades foram observadas no Distrito Federal (4,28), Pernambuco (3,84) e Roraima (3,74).



