Santa Catarina promove III Seminário Estadual de Vigilância do Óbito com foco na redução das mortalidades materna, infantil e fetal

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), realiza nesta terça e quarta-feira, dias 20 e 21 de maio, o III Seminário Estadual de Vigilância do Óbito, em Florianópolis. O evento, sediado no Hotel Castelmar, reúne profissionais da saúde de diversas regiões do estado e tem como objetivo aprofundar o debate sobre a mortalidade materna, infantil e fetal, além de integrar ações intersetoriais voltadas à qualificação da assistência e prevenção de óbitos evitáveis.

Durante a abertura, o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, destacou o crescimento populacional de Santa Catarina como um dos desafios que exigem o fortalecimento da rede de saúde. “Nosso estado continua crescendo, o que exige melhorias na capacidade instalada, qualificação dos dados e integração entre os diferentes níveis de atenção. A vigilância do óbito nos permite identificar falhas e, com base nisso, avançar na assistência e salvar vidas”, afirmou.

Com foco na Rede Materno Infantil, o seminário é voltado a profissionais da Atenção Básica, vigilância epidemiológica, hospitais, comitês de prevenção de óbitos e gestores municipais e estaduais. Além de painéis técnicos e relatos de experiências bem-sucedidas em unidades de saúde catarinenses, o evento também reforça diretrizes sobre o novo Protocolo Estadual de Coleta de Amostras Post-Mortem.

Representando a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a consultora Josi Silva elogiou o engajamento dos profissionais catarinenses. “Em menos de 24 horas, as inscrições se encerraram. Isso mostra o quanto Santa Catarina valoriza a vigilância do óbito. A perda de uma mãe ou de um bebê é também uma falha coletiva, e a rede de saúde precisa estar fortalecida para evitar que isso aconteça”, destacou.

A gerente de Análises Epidemiológicas e Doenças e Agravos Não Transmissíveis da Dive, Aline Piaceski Arceno, reforçou a importância da articulação entre os níveis de atenção à saúde. “O seminário integra os diversos pontos da rede – do pré-natal ao pós-parto – com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento e o acesso aos serviços. É um passo fundamental na implementação da Rede Materno Infantil em Santa Catarina”, pontuou.

A importância da vigilância do óbito

A vigilância do óbito em Santa Catarina abrange todo o processo, desde o preenchimento das declarações até a inserção das informações no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), com especial atenção aos óbitos maternos, fetais e infantis – de investigação obrigatória em todo o país. A correta apuração e monitoramento permitem avaliar a assistência prestada, identificar causas evitáveis e propor ações concretas para qualificar os serviços de saúde.

Coleta de amostras post-mortem como instrumento de qualificação dos dados

Entre os destaques do evento está o reforço à adoção do Protocolo Estadual de Coleta de Amostras Post-Mortem, lançado em 2023. A medida orienta os serviços de saúde quanto à coleta e envio adequado de amostras biológicas em casos de óbitos com suspeita de doenças de interesse epidemiológico. A iniciativa visa reduzir o número de óbitos com causas inespecíficas e melhorar a tomada de decisões nas políticas públicas de saúde.

“Com uma vigilância qualificada e articulada, Santa Catarina segue fortalecendo sua rede de proteção à vida, integrando conhecimento técnico e políticas públicas com foco na prevenção”, concluiu o secretário Diogo Demarchi.

O seminário conta com transmissão online para ampliar o alcance das discussões e está inserido na agenda de qualificação da rede estadual de saúde, com foco na atenção humanizada e baseada em evidências.

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